2011 - As músicas de protesto do Regime Militar

I Festival de Música e Arte do Colégio Santa Dorotéia: As músicas de protesto do Regime Militar

Objetivo Geral
Analisar a força da opressão, da censura, sobre a produção musical durante o Regime Militar no Brasil. Possibilitando com isso a amplitude de interpretações sobre aquele momento da história brasileira.

Justificativa
O regime militar que se implantou no Brasil de 1964 a 1985 cassou liberdades individuais daqueles considerados subversivos. A partir de então se organizou um movimento de protesto que utilizava as letras das canções nacionais como um grito de resistência, movimento este que foi censurado pelo governo, pois iam contra a paz do regime.
A resistência ao regime encontrava lugar nas canções, inconformados com o regime ditador, vários cantores revolveram combater o regime, romper as barreiras da ditadura nesse momento histórico, compondo canções que levassem a reflexão da realidade do momento vivido, fortemente perseguidos pelo regime, muitos desses compositores se exilaram ou foram exilados do país.
 Esse movimento crítico-musical se manifestou fortemente nas canções do cantor Chico Buarque de Holanda, principal alvo da censura do regime. Suas obras estão fortemente preenchidas de teor político e protesto ao momento que o país passava. Suas canções no período militar tiveram um grande valor para quebrar as barreiras do momento histórico que o Brasil se encontrava.
Além de Buarque muitos outros foram alvos da censura, como Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Caetano Veloso, dentre outros. Além destes, um se fez alvo, Wilson Simonal, por conhecer pessoas ligadas ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), um dos órgãos criados pelos militares para “manter a ordem”, não conseguia mais se apresentar, gravar, pois, o meio musical temia ser acusado por Simonal como um subversivo.
Na década de 1960 faziam grande sucesso os Festivais de Música, arrastando multidões às suas eliminatórias e parando o país nas finais. Por tudo isso, a música brasileira foi marginalizada e o que a mídia vendia eram músicas estadunidenses, parceiros e financiadores do regime.
Atualmente a música brasileira passa por um processo de banalização, músicas fabricadas para vender, sem preocupação com a mensagem que vai passar para a população.
Assim, alunos e familiares poderão reviver a chamada “época de ouro” da música brasileira, pois o 1º Festival de Música e Arte do Colégio Santa Dorotéia trará para o palco doroteano os festivais de música que marcaram a década de 1960 no Brasil. Agora, Caetano, Gil, Vandré, Taiguara, serão interpretados pelos nossos novos talentos.
Daí a importância da proposta do projeto, que se justifica pelo alcance que terá junto a crianças e adolescentes e, por extensão, a seus familiares. Possibilitando a análise e o debate a cerca das letras numa perspectiva ampla de interpretação, onde os alunos possam perceber que a música como cultura, está ligada ao contexto social, político, econômico, ou seja, faz parte das nossas vidas.    

Candidatos e Músicas
Gabriela Printes (Música: Como nossos pais)
Antenor Araújo (Música: Cálice)
Maria Carolina (Música: Não existe pecado ao sul do Equador)
Joyce Sales (Música: Gitá)
Izabelle Pena (Música: Alegria, alegria)
Camyla Shimozato (Música: Opinião)
Evelyn Estiglar (Música: Soy loco por ti América)
Lívia Jatobá (Música: O bêbado e a equilibrista)
Sâmia Lins (Música: Pra não dizer que não falei das flores)
Luciana Araújo (Apesar de Você)

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